O processo de construção da maternidade começa muito antes da gestação: a partir de influências culturais e regras familiares, a mulher vai construindo seus próprios referenciais acerca do papel materno. Na gestação, o corpo se prepara para nutrir e formar um novo indivíduo. Esse processo é acompanhado por mudanças fisiológicas, sociais e psicológicas que refletem tanto na autoimagem da mulher quanto no seu estado emocional e nas suas relações. Esse período pode trazer angústias relacionadas à necessidade de adaptação aos diversos papéis e demandas pertinentes à gestação.

 

 

Com relação às mudanças fisiológicas, cabe ressaltar o impacto que as variações hormonais têm nos pensamentos e nas emoções da mulher. É comum que, nessa fase, haja uma maior sensibilidade para lidar com as demandas cotidianas, além de sentimentos ambíguos relacionados ao período gestacional e à maternidade, que geram uma maior instabilidade no humor. As mudanças sociais referem-se às alterações nas relações advindas com a gestação e a maternidade. No que se refere ao âmbito profissional, por exemplo, há uma necessidade de afastamento temporário, que interfere nas relações e nos contatos sociais. Há, ainda, alterações significativas na conjugalidade, visto que, a construção dos papéis parentais traz mudanças importantes, que exigem uma transformação e adaptação do casal a um novo contexto familiar.

Por fim, a gestação é vista como um período de preparação psicológica para o exercício da maternidade. Sendo assim, é comum que haja uma reflexão sobre os papéis que essa mulher exerce e que surjam muitas preocupações, sejam elas com o corpo, com a saúde do bebê, com a habilidade e a capacidade de maternar, a situação financeira da família, enfim... Entre tantas outras questões que, se não forem bem cuidadas, podem gerar bastante estresse e ansiedade. Para você, que está gestante: que tal dedicar um tempo para cuidar da sua saúde mental? Alguns estudos sinalizam que uma boa adaptação às mudanças vivenciadas no período gestacional tem grande impacto na qualidade da relação mãe-bebê. Ter consciência dos seus pensamentos e das suas emoções nessa fase pode favorecer a sua adaptação a esse papel tão importante.

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Dra. Marina Silva Ferreira da Costa - Psicóloga

(CRP 01/17857)